terça-feira, 5 de junho de 2012

Espanha pede ajuda e Dilma defende ação conjunta contra crise


BRASÍLIA, 4 Jun (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira que todos os "grandes atores da economia mundial" precisam atuar numa ação coordenada para resolver os problemas da crise econômica, sem depender apenas dos emergentes.

A afirmação ocorreu logo após Dilma receber o pedido do rei Juan Carlos, da Espanha, para que o Brasil apoiasse em fóruns internacionais que instituições financeiras europeias ajudassem bancos espanhóis em dificuldade, afirmaram à Reuters fontes que participaram dos encontros. Dilma e o rei Juan Carlos almoçaram com empresários e autoridades dos dois países.
"A retomada do crescimento em nível global não pode depender apenas de medidas adotadas pelos países emergentes", disse Dilma na declaração conjunta.
"Em um momento de crise é fundamental insistir em uma ação coordenada de todos os grandes atores da economia mundial", acrescentou a presidente.
A Espanha é um dos países que mais têm sofrido com a crise da dívida na Europa, e Dilma garantiu que o Brasil "buscará a melhor forma" de colaborar com os espanhóis no enfrentamento da crise.
Segundo um ministro e fontes do Planalto presentes nas reuniões, a ajuda do Brasil viria por meio de declarações e negociações durante o encontro do G20, no México, em duas semanas.
"Não há muito mais que o Brasil possa fazer", disse um ministro à Reuters logo após o encontro.
Segundo o assessor internacional da Presidência, Marco Aurélio Garcia, a reunião do G20 deve ser dominada pelo resultado das eleições gregas, que poderão definir a permanência ou não do país na zona do euro.
"Se isso vai ajudar a aprofundar a discussão para os problemas de outros países do bloco, não se sabe", afirmou.
Oficialmente, o rei veio ao Brasil convidar Dilma para participar da 22a Cúpula Iberoamericana, em novembro, em Cádiz. Ele seguiu na tarde desta segunda para o Chile.
"O delicado momento por que passa o mundo e a Europa, em particular, tem apresentado ainda de formas diferenciadas desafios para todos nós. Nós temos confiança na criatividade e na força do povo espanhol e estamos seguros de que os esforços para a superação da crise europeia serão muito bem-sucedidos", disse Dilma.
A presidente reiterou ainda que a crise econômica global precisa ser enfrentada com crescimento econômico, para que o ajuste realizado pelas nações mais atingidas "não seja feito em detrimento dos interesses" dos povos da Europa e de todo o mundo.
Dilma encontrou individualmente o presidente do Conselho do Santander, Emílio Botín, e o presidente mundial da Telefónica, Cesar Alierta. Cerca de 15 executivos de empresas espanholas integraram a comitiva do rei Juan Carlos.

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