NOVA YORK, 13 Jun (Reuters) - A agência de classificação de riscos Moody's cortou o rating da Espanha em três degraus nesta quarta-feira, de "A3" para "Baa3", informando que o recente plano da zona do euro aprovado para ajudar os bancos do país vai aumentar o problema da sua dívida.
A Moody's, que informou ainda que pode rebaixar o rating da Espanha futuramente, também citou o "muito limitado" acesso do governo espanhol aos mercados financeiros internacionais e a fraqueza da economia do país.
"Vamos levar em conta, naturalmente, os detalhes sobre o tamanho e os termos do pacote de apoio (aos bancos), e também levar em consideração o que acontece na ampla zona do euro na avaliação de mais rebaixamentos", avaliou o analista da Moody's em Londres Kathrin Muehlbronner.
O rating está em análise para outros possíveis rebaixamentos, que podem ocorrer nos próximos três meses.
Uma porta-voz do Ministério da Economia da Espanha em Madri se recusou a comentar a decisão da agência.
"A contínua fraqueza da economia espanhola faz do enfraquecimento da força financeira do país e sua crescente vulnerabilidade a uma interrupção súbita no financiamento uma preocupação mais séria do que seria o caso se houvesse expectativa razoável de crescimento econômico vigoroso nos próximos anos", trouxe a Moody's em nota.
Ministros das Finanças da zona do euro concordaram no sábado em emprestar à Espanha até 100 bilhões de euros para resgatar seus bancos em dificuldades, e Madri informou que especificará precisamente o valor necessário assim que auditorias independentes apresentem seus resultados em pouco mais de uma semana.
O rating da Moody's coloca o país dois degraus acima de status "junk". A Standard & Poor's classifica a Espanha dois degraus acima, a "BBB+" com previsão negativa.
Já a Fitch reduziu o rating da Espanha em três degraus em 7 de junho para "BBB", um degrau acima da Moody's, e afirmou previsão negativa para seu crédito.
CHIPRE
A Moody's também cortou nesta quarta-feira o rating soberano do Chipre em dois graus, de Ba1 para Ba3, citando o aumento dos riscos de a Grécia sair da zona do euro e uma já tensa posição fiscal do país.
A nota especulativa de crédito do membro da União Europeia, e que é a terceira menor economia da zona do euro, também está em revisão para possíveis novos rebaixamentos, declarou a Moody's.
A posição de crédito fraca do Chipre é agravada pelo acesso limitado aos mercados internacionais, completou a Moody's.
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