quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Vendas no varejo na zona do euro caem puxadas por combustíveis


BRUXELAS, 7 Nov (Reuters) - Os motoristas na zona do euro economizaram com combustível em setembro e levaram as vendas varejistas a sofrer uma contração na maior margem em cinco meses, num outro golpe à fraca economia do bloco monetário.

Altos preços de petróleo no mundo aumentaram o preço do diesel e da gasolina na bomba e pressionaram as vendas no varejo para uma queda de 0,2 por cento em setembro ante agosto, informou nesta quarta-feira a agência de estatísticas da União Europeia (UE), Eurostat.
O resultado foi um pouco pior do que o esperado por economistas consultados pela Reuters, que previam que os volumes caíssem 0,1 por cento em setembro. No entanto, os dados são voláteis e a leitura de agosto foi revisada pela Eurostat para crescimento de 0,2 por cento, ante estimativa anterior de contração de 0,1 por cento.
A leitura anual foi moderadamente melhor do que o consenso das previsões, com as vendas caindo 0,8 por cento em setembro na comparação com expectativas de queda de 1 por cento.
Apesar da morna demanda global por petróleo, uma vez que as economias globais sentem o impacto da crise da dívida da zona do euro, o barril de petróleo avançou para perto de 120 dólares em agosto e continuou alto em boa parte de setembro e outubro. O barril de brent era negociado por volta de 110 dólares nesta quarta-feira.
As famílias na zona do euro têm sofrido desde a crise financeira global de 2008 e 2009, reprimidas pela renda disponível que cresceu apenas durante a breve recuperação de 2010. Essa fraqueza alimentou a contração, e espera-se que a produção total do bloco encolha pelo menos 0,3 por cento este ano.
As dificuldades na economia são evidentes nas vendas de combustível automotivo, que caíram 2 por cento em setembro na zona do euro. Já em junho, quando o petróleo estava a 90 dólares o barril, as vendas de combustíveis aumentaram 2 por cento, de acordo com dados da Eurostat.
As vendas de vestuário, equipamentos elétricos e outros bens como produtos medicinais caíram 0,6 por cento no mês, destacando a queda.
(Reportagem de Robin Emmott)

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