segunda-feira, 22 de abril de 2013

Economistas reduzem projeção de Selic em 2013 a 8,25%, diz BC


Por Camila Moreira
SÃO PAULO, 22 Abr (Reuters) - Economistas de instituições financeiras reduziram a expectativa para a Selic neste ano a 8,25 por cento, contra 8,50 por cento na semana anterior, depois de o Banco Central ter mantido o tom de cautela ao iniciar na semana passada um ciclo de aperto monetário para combater a inflação elevada, mostrou a pesquisa Focus do BC, divulgada nesta segunda-feira.
Com a inflação sob os holofotes, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC elevou a Selic na semana passada em 0,25 ponto percentual, a 7,50 por cento, abaixo do que precificava o mercado financeiro. Foi uma decisão dividida, em que o BC destacou a dispersão dos aumentos de preços.
Para o próximo encontro, em maio, os analistas no Focus preveem mais uma alta de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros.
Já entre o Top 5, instituições que mais acertam as projeções no Focus, a expectativa para a Selic no médio prazo foi mantida em 8,50 por cento em 2013 na mediana das projeções, mas no curto prazo a perspectiva sofreu redução a 8,25 por cento, ante 8,50 por cento na pesquisa anterior.
Ao mesmo tempo, os analistas consultados no Focus elevaram a projeção para o IPCA em 2013 a 5,70 por cento, contra 5,68 por cento na semana anterior, mostrando que ainda estão céticos quanto à convergência da inflação para o centro da meta, de 4,5 por cento com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos.
Em relação à inflação nos próximos 12 meses, a projeção subiu a 5,53 por cento, após 5,42 por cento na semana anterior.
Na sexta-feira, o IPCA-15 deixou clara a resistência da inflação ainda em patamares elevados ao acelerar a 0,51 por cento em abril sobre o mês anterior, com nível elevado de disseminação da alta dos preços.
Para 2014, a projeção de inflação foi ligeiramente elevada a 5,71 por cento, ante 5,70 por cento, e a da Selic mantida em 8,50 por cento.
CRESCIMENTO
A pressão inflacionária já afetou um dos pilares da fragilizada economia do país, com os preços elevados acertando em cheio o desempenho do comércio varejista.
Ainda assim, no Focus, os economistas mantiveram a projeção de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano em 3,00 por cento. Para 2014 também houve manutenção, em 3,50 por cento.
Por sua vez, a perspectiva para a expansão da produção industrial neste ano foi reduzida a 2,86 por cento, contra 3,00 por cento anteriormente. Para 2014 a projeção também caiu, para 3,75 ante 3,80 por cento.
A pesquisa mostrou ainda manutenção da projeção para o câmbio no final deste ano em 2 reais pela oitava semana seguida.

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