quarta-feira, 22 de maio de 2013

Bernanke não dá indícios de recuo em estímulo monetário do Fed


Por Pedro da Costa e Alister Bull
WASHINGTON, 22 Mai (Reuters) - O estímulo monetário do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, está ajudando a economia do país a se recuperar, mas o BC precisa ver mais sinais de tração antes de reduzir a intensidade sua intensidade, disse o chairman do Fed, Ben Bernanke, nesta quarta-feira.
Em declarações que não ofereceram sinais de que ele está pronto para recuar da última rodada de compras de títulos do Fed, Bernanke enfatizou os altos custos do desemprego e a inflação, que continua abaixo da meta do banco central.
"A política monetária está fornecendo benefícios significativos", disse Bernanke em observações preparadas para serem feitas perante o Comitê Econômico Conjunto do Congresso norte-americano, citando os fortes gastos do consumidor com automóveis e moradias, assim como o aumento na riqueza das famílias.
"A política monetária tem ajudado também a compensar as pressões deflacionárias incipientes e evitado que a inflação desacelere ainda mais para abaixo da meta de longo prazo de 2 por cento (do Fed)."
As observações de Bernanke ajudaram a elevar os preços das ações norte-americanas e a subir mais os preços de títulos do governo dos Estados Unidos.
Os títulos do governo encontraram suporte com os comentários do presidente do Fed de Nova York, que sugeriram que o Fed não irá considerar reduzir o estímulo de compras de títulos por vários meses, além de ajudar a impulsionar o mercado acionário.
Bernanke notou que a principal medida de inflação que o Fed monitora subiu apenas 1 por cento nos 12 meses até março, apenas metade da meta de 2 por cento do banco central.
O Fed tem está atualmente comprando 85 bilhões de dólares em bônus do Tesouro norte-americano e títulos hipotecários por mês, em um esforço para manter baixo os custos dos empréstimos e estimular os investimentos, as contratações e o crescimento econômico.
Ele disse que parte dos motivos para a inflação baixa é o declínio nos preços do setor de energia. Mas também há indicações de uma desinflação mais ampla, disse Bernanke.
Bernanke reiterou que o Fed está preparado tanto para aumentar, como para reduzir, o ritmo de sua compra de títulos dependendo das condições econômicas, como o banco já tinha declarado em 1º de maio, após sua última reunião de política monetária.
O crescimento econômico dos Estados Unidos subiu para uma taxa anual de 2,5 por cento no primeiro trimestre, seguindo um crescimento anêmico no fim de 2012.
O desemprego caiu para 7,5 por cento ante pico de 10 por cento, mas permanece, como Bernanke colocou, "bem acima do nível normal de longo prazo". Dados econômicos recentes têm sido mistos.

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