Cargueiro de Minério |
O aumento das exportações brasileiras de minério de ferro em agosto, após um mês de julho que já havia sido forte, indica que a demanda pela commodity continua robusta e que alguns gargalos de produção e de embarque da Vale e CSN podem ter sido resolvidos. Esta é a opinião dos analistas do Goldman Sachs, que assinam relatório sobre a commodity.
Em agosto, as exportações brasileiras de minério de ferro – a maior parte para a China – cresceram 13% em relação ao mesmo mês de 2012 e 5% na comparação com julho, segundo dados da Secretária de Comércio Exterior. Nos sete primeiros meses do ano, o volume somou 205,4 milhões de toneladas, 2% acima das exportações do mesmo período de 2012, de 201,4 milhões de toneladas.
Analistas da Planner afirmam que os números positivos das exportações brasileiras em agosto indicam “um forte desempenho nas vendas da Vale e CSN, principalmente”. “Isso confirma nosso otimismo para os resultados da Vale no ano.” Eles recomendam compra das ações preferenciais da mineradora e calculam um preço-alvo de R$ 42, o que significa um potencial de valorização de 31% em relação aos atuais R$ 32,10.
Nas contas do Goldman, os embarques de minério da Vale vão atingir 81,3 milhões de toneladas no terceiro trimestre, 4% acima das 78,2 milhões do mesmo período de 2012 e 13% superior ao do segundo trimestre deste ano (72,1 milhões de toneladas).
O número é 3,4% inferior à projeção anterior do banco e foi calculado a partir dos dados das exportações brasileiras em julho e agosto. Os analistas consideraram ainda a sazonalidade histórica de setembro e o fato de a Vale ser responsável por cerca de 80% das exportações do país.
Para o acumulado do ano, eles mantiveram sua estimativa. “Continuamos confortáveis com a nossa previsão de 303 milhões de toneladas de vendas totais da Vale em 2013″, afirmam em relatório os analistas Marcelo Aguiar, Diogo Miura e Humberto Meireles.
Já a previsão da Vale é que seus embarques somem 167,8 milhões de toneladas no segundo semestre, o que resultaria em 304,9 milhões de toneladas em 2013, levemente acima da projeção do Goldman e 1,4% superior às 299,1 milhões de toneladas em 2012.
Segundo os analistas, a segunda metade do ano vai mais do que compensar a primeira, que foi fraca, com as exportações da companhia em 137,1 milhões de toneladas, considerando minério e pelotas. Os embarques foram prejudicados por condições ruins de tempo, logística e gargalos de produção.
O preço é outro ponto positivo para as mineradoras. Em média, o minério de ferro com teor de concentração de ferro de 62% vem sendo negociado a US$ 138,5 a tonelada no mercado à vista da China em setembro, acima dos US$ 136,7 de agosto e dos US$ 127,2 de julho. Ontem, caiu 0,5%, para US$ 138 por tonelada. (OA)
Fonte: Reuters
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