quarta-feira, 6 de novembro de 2013

FGV: IGP-DI desacelera p/ 0,63% em outubro; mercado esperava 0,73%

   São Paulo, 6 de novembro de 2013 - A inflação medida pelo Indice Geral de
Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) desacelerou para 0,63% em outubro.

Em setembro, o índice havia apresentado inflação de 1,36% e, no mesmo mês de
 2012, houve deflação de 0,31%.
                       
   Com o resultado de outubro, no ano o IGP-DI acumula inflação de 4,51%. Nos
12 meses encerrados em outubro, a inflação registrada pelo índice é de
5,46%. As informações foram divulgadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O
IGP-DI foi calculado com base nos preços coletados entre os dias 1 e 31 de
outubro.
           
   O resultado veio abaixo da mediana das projeções de mercado, que apontava
inflação de 0,73% em outubro, de acordo com o Termômetro CMA, pesquisa feita
com instituições de mercado com as estimativas para os principais indicadores
econômicos do País. As expectativas dos economistas consultados variaram entre
inflação de 0,66%, na mínima, e de 0,90%, na máxima. A média das
projeções apontava inflação de 0,74% no mês.

   Em outubro, o Indice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) apresentou
inflação de 0,71%, desaceleração comparada à inflação de 1,90% do mês
anterior. A inflação medida pelo índice relativo a Bens Finais foi de 0,50%,
ante os 0,42% registrados em setembro, com destaque para o subgrupo alimentos in
natura (-5,94% para -2,12%). O índice de Bens Finais (ex), que resulta da
exclusão de alimentos in natura e combustíveis, apresentou inflação de
0,84%, ante 1,32% no mês anterior.
       
   A inflação medida pelo índice do grupo Bens Intermediários desacelerou
para 0,11%, ante 2,01%, no mês anterior. O principal responsável por esta alta
foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura cuja inflação passou
de 2,89% para 0,22%. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a
exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção, apresentou
inflação de 0,11%. No mês anterior, a inflação foi de 2,22%.
       
   No estágio das Matérias-Primas Brutas, o índice passou de uma inflação
de 3,55%, em setembro, para 1,69% em outubro. Os destaques no sentido de queda
de preços foram soja em grão (7,51% para 0,97%) aves (8,49% para 2,32%) e
milho em grão (1,23% para -2,19%). Em sentido oposto, destacam-se minério de
ferro (4,79% para 5,78%), bovinos (2,46% para 3,31%) e suínos (9,92% para
12,01%).
       
   O Indice de Preços ao Consumidor (IPC) passou de uma variação de 0,30%,
em setembro para 0,55% em outubro. Seis das oito classes de despesa componentes
do índice apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. A contribuição
de maior magnitude para o avanço partiu do grupo Alimentação (0,14% para
0,93%). Nesta classe de despesa, vale mencionar o comportamento do item
hortaliças e legumes, cuja taxa passou de deflação de 12,54% para inflação
de 0,91%.
       
   Também foram observadas altas de preços nos grupos Educação, Leitura e
Recreação (0,11% para 0,50%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,43% para 0,57%),
Habitação (0,51% para 0,58%), Comunicação (0,20% para 0,47%), e Despesas
Diversas (0,09% para 0,25%).

   Os itens que mais contribuíram para estes movimentos foram passagem aérea
(-0,95% para 9,94%), medicamentos em geral (0,15% para 0,27%), aluguel
residencial (0,63% para 0,80%), tarifa de telefone móvel (-0,43% para 1,10%) e
alimentos para animais domésticos (-0,14% para 1,89%), respectivamente.

   Em contrapartida, os grupos Transportes (0,07% para -0,01%) e Vestuário
(0,86% para 0,72%) registraram decréscimo em suas taxas de variação. Para
estas classes de despesa, vale citar o comportamento dos itens gasolina (-0,24%
para -0,63%) e calçados (0,96% para 0,23%), nesta ordem.

   O núcleo do IPC registrou variação de 0,41% em outubro. Em setembro, a
taxa havia sido de 0,45%. Dos 85 itens componentes do IPC, 37 foram excluídos
do cálculo do núcleo. Destes, 12 apresentaram taxas abaixo de 0%, linha de
corte inferior, e 25 registraram variações acima de inflação de 0,93%, linha
de corte superior. Em outubro, o índice de difusão, que mede a proporção de
itens com taxa de variação positiva, foi de 69,23%, ante 63,91%, no mês
anterior.
       
   O Indice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em outubro,
inflação de 0,26%, aceleração ante a inflação de 0,43% apresentada em
setembro. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou
inflação de 0,55%. No mês anterior, a inflação havia sido de 0,91%. A
inflação medida pelo índice que representa o custo da Mão de Obra não
variou pelo terceiro mês consecutivo.

Fonte - Agência CMA

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