segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

CÂMBIO E JUROS: Após reajuste de gasolina, DIs sobem com insegurança fiscal

   São Paulo, 2 de dezembro de 2013 - As taxas dos contratos futuros de
Depósitos Interfinanceiros (DIs) operam em alta no pregão de hoje refletindo a

insegurança fiscal, principalmente de investidores estrangeiros. "A notícia
em relação ao reajuste de combustível acabou se transformando em munição
para aqueles que acham que gringo vai sair do Brasil", afirma Décio Pereira
Filho, operador da Socopa Corretora.

   Na última sexta-feira, o conselho de administração da Petrobras aprovou a
nova metodologia de preços de diesel e gasolina. Os reajustes ficaram em
elevação de 4% para o preço de venda da gasolina nas refinarias e de 8% para
o diesel. Segundo o ministro, o aumento terá impacto de 2% a 2,5% no preço dos
 combustíveis.

   "A Petrobras é uma empresa de capital aberto não consegue reajustar
combustível para ter paridade com o mercado lá fora e o governo não consegue
 mostrar trajetória para que o mercado confie nele", acrescenta o operador.

   Além disso, o índice do Instituto de Gerência e Oferta (ISM, na sigla em
inglês) sobre a atividade do setor industrial dos Estados Unidos subiu para
57,3 pontos em novembro ante 56,4 pontos em outubro. Analistas previam queda
para 55,5 pontos. O resultado, melhor que o previsto, traz novamente à tona as
dúvidas em relação ao início da retirada de estímulos à economia
norte-americana pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).

   Neste cenário, entre os DIs mais líquidos, os contratos com vencimento em
janeiro de 2015 avançavam de 10,66% para 10,72%, com giro de negócios R$
28,599 bilhões. O contrato com vencimento em janeiro de 2017 passava de 12,20%
para 12,35%, com giro de R$ 10,250 bilhões, e o contrato com vencimento em
julho de 2014 subia de 10,28% para 10,32%, movimentando R$ 6,689 bilhões.

   O mercado de câmbio também é pressionado pela preocupação com a
política fiscal. Há pouco, o dólar comercial avançava 0,64%, cotado a R$
2,3500 para compra e R$ 2,3520 para venda. No mercado futuro, o contrato do
dólar com vencimento em janeiro de 2014 tinha alta de 0,61%, a R$ 2.367,000, e
o contrato com vencimento em fevereiro subia 1,03%, para R$ 2.382,500.

    Weruska Goeking / Agência CMA

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