segunda-feira, 14 de abril de 2014

MERCADO EUROPA: À exceção de Madri, bolsas fecham dia em alta

  São Paulo, 14 de abril de 2014 - Os índices das principais bolsas da
Europa fecharam o dia em campo positivo, à exceção do Ibex-35 de Madri, com

os investidores dando mais atenção aos bons dados vindos dos Estados Unidos e
às falas dos integrantes do Banco Central Europeu (BCE) do que ao retorno da
crise política na Ucrânia.

   Nos Estados Unidos, de acordo com o Departamento do Comércio, as vendas no
varejo subiram 1,1% em março na comparação com o mês anterior, já
descontados os fatores sazonais, e somaram US$ 433,907 bilhões. Em fevereiro,
as vendas tiveram alta de 0,7% na comparação com janeiro (dados revisados).
Analistas esperavam que as vendas no varejo de março aumentassem 1% na
comparação mensal, depois da alta de 0,3% reportada inicialmente para
fevereiro.

   Sobre a zona do euro, o presidente do BCE, Mario Draghi, disse no sábado
que a valorização do euro em relação ao dólar é motivo de preocupação e
admitiu que a instituição poderá agir para conter câmbio, mesmo que este
não seja um de seus objetivos. "Se queremos que a política [monetária] se
mantenha tão expansionista como é agora, um novo fortalecimento da taxa de
câmbio exigiria mais estímulos", afirmou o presidente do BCE em Washington,
em meio aos encontros de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI).

   Outro representante do BCE a falar no final semana foi Benoît Coeuré,
diretor da instituição, que afirmou que o programa de compra de ativos, caso
seja colocado em prática, focará seus esforços na aquisição de títulos com
maturidade de médio e longo prazo e deve levar em conta diferentes tipos de
ativos, e não apenas títulos soberanos.

   Estas notícias ofuscaram em parte os últimos desenvolvimentos no leste da
Ucrânia. Militantes pró-Rússia continuam ocupando prédios públicos da
região e invadiram novas edificações, ignorando o prazo imposto pelo governo
interino para que deixassem o local. O presidente ucraniano, Olexander
Turchynov, prometeu que usaria forças militares caso o prazo não fosse
respeitado, mas até o momento não há sinais de movimentação.

   As notícias levaram à diminuição do apetite de risco dos investidores,
que venderam ações de setores mais cíclicos, caso de viagens, lazer,
tecnologia e serviços financeiros, por papéis de empresas não cíclicas.

   Após ajustes, o FTSE-100, da bolsa de Londres, encerrou o dia com alta de
0,34%, a 6.583,76 pontos; o CAC-40, de Paris, subiu 0,43%, a 4.384,56 pontos; o
DAX-30, de Frankfurt, aumentou 0,26%, a 9.339,17 pontos; o FTSE MIB, de Milão,
avançou 0,55%, a 21.314,56 pontos; e o SMI-20, de Zurique, expandiu 0,17%, a
8.312,90 pontos. Por outro lado, o Ibex-35, da bolsa de Madri, caiu 0,17%, a
10.188,20 pontos.

    Ivan Ryngelblum / Agência CMA


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