segunda-feira, 7 de abril de 2014

MERCADO EUROPA: Indices fecham em queda por setor de tecnologia e China

   São Paulo, 7 de abril de 2014 - Os índices das principais bolsas da Europa
fecharam o dia em campo negativo, puxadas para baixo pelo pessimismo dos

investidores em relação às ações de empresas de tecnologia no mercado
internacional. Também prejudicou o dia a revisão das previsões do Banco
Mundial para o crescimento da China.

   "A figura geral permanece forte, com dados econômicos apontando, de
maneira geral, para a direção correta, e os resultados financeiros das
empresas dos Estados Unidos devem reformar a percepção de uma economia se
recuperando. Porém, o sentimento nos mercados acionários ainda não se firmou
de fato neste ano, e os mercados foram rápidos em tomar qualquer oportunidade
para vender", afirmou, em nota, a analista da IG Markets Brenda Kelly.

   Os investidores demonstram preocupação com os preços das ações de
empresas internacionais de tecnologia, que estariam muito elevados,
especialmente nos Estados Unidos.

   Outro fator que pesou no andamento dos negócios europeus foi a revisão
negativa das previsões do Banco Mundial para a economia da China. A
organização rebaixou a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto
(PIB) em 2014 de 7,7% para 7,6%, devido ao fraco início da economia neste ano,
especialmente da produção industrial e das exportações.

   A expectativa do Banco Mundial, no entanto, é de que a atividade se
fortaleça ao longo de 2014, com a desaceleração intencional dos investimentos
pelo governo sendo compensada por um aumento no consumo interno. Para 2015, a
projeção do PIB ficou em 7,5%.

   No lado corporativo, o maior destaque foram as ações da holding francesa
Bouygues, que desvalorizaram 6% depois que sua proposta de compra da operadora
de telefonia móvel SFR foi negada pelo grupo Vivendi. O grupo acabou aceitando
outra oferta, de 13,5 bilhões de euros, feita pela operadora de televisão a
cabo Altice/Numericable.

   No lado positivo está a notícia de que as companhias de cimento Holcim e
Lafarge fecharam um acordo de fusão para criar a maior empresa do ramo no
mundo, com vendas pro forma anuais de 32 bilhões de euros e ebitda (lucro antes
 de juros, impostos, depreciação e amortização) de 6,5 bilhões de euros.

   Após ajustes, o FTSE-100, da bolsa de Londres, encerrou o dia com queda de
1,09%, a 6.622,84 pontos; o CAC-40, de Paris, desceu 1,08%, a 4.436,08 pontos; o
DAX-30, de Frankfurt, baixou 1,91%, a 9.510,85 pontos; o FTSE MIB, de Milão,
recuou 0,84%, a 21.988,34 pontos; o Ibex-35, da bolsa de Madri, caiu 0,66%, a
10.606,20 pontos; e o SMI-20, da bolsa de Zurique, retraiu 1,15%, a 8.405,10
pontos.

    Ivan Ryngelblum / Agência CMA

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