sábado, 5 de maio de 2012

COMENTÁRIO SEMANAL



SÃO PAULO - Em semana encurtada pelo feriado do dia do Trabalho, na terça-feira (1), o Ibovespa registrou perdas de 1,41% entre 30 de abril a 4 de maio, fechando esta sexta-feira (4) aos 60.820 pontos, seu menor patamar desde 17 de janeiro, quando havia fechado a 60.645 pontos. Este foi o 6º período de queda do índice nas últimas sete semanas.
As ações preferenciais da PDG Realty (PDGR3) foram o principal destaque de alta semanal entre os papéis que compõem o Ibovespa, com valorização de 11,35%,cotadas a R$ 5,10 cada. Enquanto isso, os ativos da MMX Mineração (MMXM3) recuaram 3,34% no período, a principal queda dentro do índice, terminando a R$ 8,38 cada.
Petrobras e ValeOs ativos da Petrobras (PETR3-3,17%, R$ 21,40; PETR4-2,15%, R$ 20,48) estenderam as baixas das últimas sete semanas. As ações da empresa não responderam bem à possibilidade de troca de diretoria, com a permanência apenas de Almir Barbassa no posto de diretor financeiro e relações com investidores. Na última sessão da semana, as ações da petrolífera sofreram forte pressão negativa após a queda na produção de petróleo mensal. 
Esse movimento foi acompanhado pelas ações da Vale (VALE3-2,56%, R$ 41,53; VALE5-2,55%, R$ 40,44), que fecharam em queda. A companhia alterou a diretoria executiva de Fertilizantes e Carvão, que passou a ser ocupada por Roger Downey. Assim como a petrolífera, a mineradora também teve uma péssima sexta-feira, após o STJ (Supremo Tribunal de Justiça) cancelar a suspensão da cobrança de impostos sobre lucro de subsidiárias na quinta-feira. 
Na Europa, corte de rating espanhol e juros mantidosA semana começou com a elevação do risco sistêmico na Europa, após a agência de classificação de risco Standard & Poor's cortar o rating da Espanha e de 11 bancos espanhóis e de sete regiões autônomas, além de colocar outros cinco sob revisão. A situação econômica da Zona do Euro preocupa, principalmente após a taxa de desemprego da Zona do Euro atingir seu maior patamar desde abril de 1997. 
A atividade econômica foi foco por lá. O PMI (Purchasing Manager Index) de manufatura caiu para 45,9 pontos em abril, enquanto o de serviços recuou para 46,7 pontos, indicando novas retrações. Mesmo assim, o BCE (Banco Central Europeu) optou por manter a taxa básica de juro inalterada na reunião mensal. O presidente da instituição, o italiano Mario Draghi, confia em uma recuperação da atividade econômica europeia, mas atentou para a existência de riscos de deterioração.
Outros países também chamaram a atenção do mercado. O governo de Portugal aprovou um plano estratégico de orçamento para os próximos quatro anos, que inclui limites nos gastos e, como já era esperado, a meta para o déficit orçamentário de 2013. Já a agência de classificação de risco Fitch's voltou a afirmar que não descarta a possibilidade de que a Grécia tenha de deixar a Zona do Euro.
Brasil: alterações na poupançaNo front interno, foram alteradas as regras da poupançaabrindo espaço para novos cortes na Selic. Guido Mantega, ministro da Fazenda, defendeu que a taxa básica deve continuar a cair, além de defender medidas permanentes de contenção do câmbio, para mantê-lo desvalorizado, aumentando a atratividade das exportações brasileiras.
Boletim Focus mostrou a mediana das estimativas para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor - Amplo) e para o PIB (Produto Interno Bruto) em 2012 e 2013 elevadas pelo mercado. O destaque da agenda de indicadores doméstico ficou com a produção industrial, que registrou recuo de 0,5% em março frente a fevereiro, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Agenda norte-americana decepcionaNos Estados Unidos, destaque para a agenda de indicadores. O relatório de emprego mostrou a criação de menos postos que se esperava no último mês, pressionando os mercados mundiais na sexta-feira. Além disso, a atividade industrial na região norte-americana de Chicago, os gastos da construção civil, o ADP Employment Report e o ISM Services desapontaram o mercado. 
Por sua vez, a atividade industrialPCE (Personal Consumer Expenditure), o Factory Orders, o Initial Claims e o Productivity & Costs vieram em patamares melhores do que se esperava. 
PMI chinês chama a atenção
Na China, o destaque ficou por conta da divulgação do PMI de manufatura, que avançou para 49,3 em abril, ante 48,3 em março, mas mostrou o sexto mês consecutivo de retração. Por outro lado, o PMI de serviços no gigante asiático avançou para 54,1 pontos - máxima em seis meses.
Dólar e Renda Fixadólar comercial registrou alta de 2,14% nesta semana, terminando a R$ 1,927 na venda.
No mercado de juros futuros da BM&F Bovespa, o contrato de juros de maior liquidez nesta semana, com vencimento em janeiro de 2013, registrou uma taxa de 8,01%, queda de 0,26 ponto percentual no período.
No mercado de títulos da dívida externa brasileira, o Global 40, bônus mais líquido, encerrou cotado 132,72% de seu valor de face, alta de 0,06% na semana.
Já o indicador de risco-País registrou perdas de 2 pontos-base na semana, aos 185 pontos.
Confira a agenda da próxima semanaDentro da agenda para a segunda semana de maio, os investidores estarão atentos aos preços praticados por produtores no mês de abril. O mercado também acompanhará com atenção o orçamento do Tesouro norte-americano, além da balança comercial do país.
No front doméstico, destaque para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor) do mês de abril - que é referência para o regime de metas de inflação do Banco Central - e para os indicadores de atividade industrial. Além desses, outros indicadores de preços compõem a agenda para a próxima semana.
Vale destacar que, nessa semana, o governo da China divulgará a Balança Comercial referente os mês de abril, que mede a diferença entre exportações e importações contabilizadas durante o período no país. Já no front doméstico, o Banco Central divulgará o IC-Br (Índice de Commodities Brasil) referente ao mês de abril.
Fonte: Infomoney

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