sexta-feira, 8 de junho de 2012

Fed pode atuar se crise na Europa aprofundar - Bernanake


* Bernanke diz que Europa representa risco "significativo"
* Tom difere de Yellen, que quer segurança monetária
* Bernanke prepara caminho para debate do Fed de 19-20/junho
Por Pedro da Costa e Mark Felsenthal
WASHINGTON, 7 Jun (Reuters) - O presidente do Federal Reserve (o Banco Central dos EUA), Ben Bernanke, disse nesta quinta-feira que a instituição está pronta para proteger a economia do país se os problemas financeiros aumentarem, mas deu poucos sinais de que seria iminente o anúncio de novas medidas de estímulo monetário.

Bernanke declarou ao Congresso que o Fed estava monitorando de perto os "riscos significativos" da dívida e da crise bancária na Europa para a recuperação dos EUA.
Os mercados de ações no país limitaram os ganhos após o discurso de Bernanke, mas permaneceram em território positivo, com o dólar se fortalecendo frente ao euro.
"Realmente não encerra o debate", disse Vassili Serebriakov, estrategista sênior do Wells Fargo. "Há alguma esperaça por sinais mais concretos, uma pista mais clara, que um novo afrouxamente está vindo, e eu não acredito que tenhamos visto isso hoje".
Ele disse que a questão central para o Fed é verificar se o crescimento é suficiente para resultar em progresso na diminuição da taxa de desemprego nos EUA e acrescentou que o banco tem opções que pode considerar. Disse ainda que o Fed não tomou nenhuma decisão sobre se efetuará alguma nova compra adicional de bônus, mas que nada está fora da mesa. 
Para Bernanke, o Fed tem ferramentas para conseguir maior acomodação na economia, e dar apoio, mesmo considerando que as taxas de juros já estão muito baixas.
Mas para mercados financeiros sedentos por dicas sobre a perspectiva de uma terceira rodada de compras de títulos por parte do Fed, o depoimento de Bernake perante o Comitê Econômico Conjunto provavelmente desapontou. Muitos economistas de bancos importantes estão esperando que o Fed adote novas políticas em sua reunião de 19 e 20 de junho.
"O Federal Reserve continua preparado para tomar as medidas necessárias para proteger a economia dos EUA no caso de as tensões financeiras sofrerem uma escalada", disse Bernanke no depoimento previamente preparado.
Os dados fracos sobre o emprego nos EUA, divulgados na semana passada, e mais a escalada da crise na zona do euro elevaram a especulação de que o FED irá novamente agir para dar apoio à frágil recuperação da economia norte-americana.
Ainda assim, o tom de Bernanke estava longe de indicar uma crise. Na realidade, ele parecia de certo modo otimista sobre as perspectivas. "Apesar das dificuldades econômicas na Europa, a demanda por exportações dos EUA se manteve boa", disse ele.
Os comentários de Bernanke contrastaram fortemente com os da vice-presidente do Fed, Janet Yellen, que na quarta-feira à noite defendeu mais estímulo monetário para evitar o rico de desaceleração.
Bernanke não fez esse tipo de sugestão, mas ele disse aos congressistas que políticas fiscais mais apertadas prestes a entrar em vigor no ano que vem “iriam "se for permitido que ocorram, representar uma séria ameaça à recuperação".
PIORA NO CENÁRIO GLOBAL
O governo disse na sexta-feira que o crescimento de empregos nos EUA desaceleraram pelo quarto mês seguido em maio. Bernanke afirmou que os números podem sinalizar que um rápido crescimento da economia é necessário para manter o mercado de trabalho no caminho mais estável. 
Ele disse que a grande questão do Fed será enfrentar isso mais tarde neste mês: "O crescimento econômico será suficiente para atingir o contínuo progresso no mercado de trabalho?".
Contudo, ele disse que não quer se antecipar ao resultado do encontro.
O debate provavelmente será aquecido, dado a amplitude da visão entre autoridades, depois que vários presidentes das unidades regionais do banco deram diferentes avaliações sobre a ideia de mais 


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