quarta-feira, 5 de setembro de 2012

HSBC: PMI de serviços do Brasil recua p/ 48,1 pts em ago,pior mês em 3 anos


   São Paulo, 5 de setembro de 2012 - O índice dos gerentes de compras (PMI,
na sigla em inglês) sobre a atividade do setor de serviços do Brasil recuou de
48,9 pontos em julho para 48,1 pontos em agosto. Segundo dados divulgados pelo HSBC, o resultado configura segunda queda mensal consecutiva na atividade
brasileira de serviços e o nível mais baixo desde maio de 2009. O número

abaixo de 50 pontos indica contração do setor.

   Segundo o HSBC, a redução da atividade no setor de serviços em agosto
diminuiu em todos os seis subsetores de serviços. A categoria "Outros
Serviços" divulgou a queda mensal mais forte, enquanto que a menor taxa de
contração foi do subsetor Correios e Telecomunicações.

   As empresas que operam no setor de serviços atribuíram a redução na
atividade ao enfraquecimento da demanda e à perda de alguns clientes. Com isso,
o volume de novos negócios caiu para níveis abaixo de 50 pontos em agosto. Os
dados mensais também mostram a primeira queda mensal no nível de empregos do
segmento, com cerca de 5% das empresas relatando dispensas.

   Entre as empresas pesquisadas, 41% esperam que atividade de negócios
aumente nos próximos 12 meses. A expectativa é de que o crescimento econômico
e a maior demanda por parte dos clientes venham a sustentar o aumento de
negócios. Entretanto, o Indice de Expectativas de Negócios caiu em relação
aos recordes registrados no primeiro semestre de 2012 e sugere nível de
otimismo mais baixo desde janeiro de 2011, abaixo de 70 pontos.

   "A fraqueza deste indicador no trimestre corrente é motivo de desconforto,
uma vez que a maioria dos analistas (nós inclusive) espera uma recuperação
da  economia no  terceiro  trimestre,  e  o setor de serviços corresponde a
cerca de dois terços do PIB. O índice de emprego também caiu abaixo  de  50 -
sinalizando queda líquida do emprego - pela primeira vez desde julho de 2009.
Monitoraremos isso de perto, uma vez que o setor de serviços privado é
responsável por cerca de 60% do mercado de trabalho, que até  o momento, tem
mostrado grande resiliência à desaceleração da economia como um todo",
disse André Loes, economista-chefe do HSBC Brasil, em nota.


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