quarta-feira, 5 de setembro de 2012

PERSPECTIVA: Mercado segue animado com decisão do BCE e medidas no Brasil


   São Paulo, 5 de setembro de 2012 - O Ibovespa, principal índice da
BM&FBovespa, vem registrando elevação no pregão de hoje, basicamente influenciado pela alta das ações de companhias do setor de siderurgia e mineração, após medidas anunciadas ontem pelo governo brasileiro. Além disso, o otimismo voltou ao mercado com a
possibilidade de um anúncio do Banco Central Europeu (BCE) amanhã. Há pouco, o Ibovespa subia 0,65% aos 56.599 pontos. O volume financeiro do mercado era de R$ 2,824 bilhões. No segmento futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento para outubro avançava 0,58% aos
56.930 pontos.


   "Dois fatores estão influenciando o Ibovespa. Primeiramente o mercado
está no aguardo de uma decisão do BCE para amanhã. Em segundo lugar, ontem, o
governo brasileiro anunciou medidas para proteger alguns setores da economia,
beneficiando as ações de companhias de siderurgia e mineração", explicou
João Pedro Brugger, analista de investimentos da Leme Investimentos.

   O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou ontem que o governo aumentou
o imposto de importação de 100 produtos, entre os quais vários dos setores de
siderurgia e petroquímica. Segundo Mantega, a Fazenda irá monitorar o mercado
para os preços não aumentarem. "As medidas visam impulsionar a produção
nacional", ressaltou, após reunião da Câmara de Comércio Exterior (Camex),
no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). "Em
geral, a alíquota vai para 25%", disse. Mantega afirmou que são produtos
principalmente dos setores petroquímico e siderúrgico. A medida visa estimular
 a produção da indústria nacional.

   Hoje, duas autoridades do BCE consultadas pela Bloomberg afirmaram que a
instituição pretende comprar mais ativos e esterilizar essas operações - ou
seja, adotar ferramentas para que a injeção de recursos no sistema financeiro
provocada pelas aquisições seja anulada. Elas disseram também que a
instituição não estabelecerá um teto para os juros das dívidas soberanas da
eurozona. Analistas da Newedge Strategy ressaltaram que isso daria mais espaço
para que o BCE decidisse qual o fluxo de compras necessário e o momento em que
 deve ocorrer uma intervenção.

   "O mercado entendeu que a queda da Vale de ontem foi exagerada. O papel
ficou mais atrativo e por isso vemos essa alta hoje. O aumento dos impostos de
importados faz pressão bem forte em Usiminas e CSN, e um pouco menos em
Braskem", explica José Ferraz, operador da LLA Investimentos.

   Há pouco, o papel PNA da Vale (VALE5) valorizava 0,84% a R$ 32,39, enquanto
as ações ordinárias da companhia (VALE3) elevavam 1,60% a R$ 32,97. O papel
PNA da Usiminas (USIM5) avançava 16,85% a R$ 9,43 e a ação ON da empresa
(USIM3) subia 10,76% a R$ 10,80. Outra grande alta era apresentada pelas ações
 ON da CSN (CSNA3), que apresentava ganho de 5,85% a R$ 10,12.

   Para a continuidade do pregão, Brugger disse que o Ibovespa deve seguir no
mesmo ritmo, já que não tivemos indicadores que pudessem influenciar o mercado
pela manhã. "Devemos permanecer neste ritmo até o encerramento. Os dados
divulgados hoje nos Estados Unidos e Europa não estão tendo efeito no
mercado", finalizou o especialista.

    Mercado internacional

   Há pouco, os índices do mercado de ações dos Estados Unidos mudaram de
direção, e passaram a operar em alta. O Dow Jones subia 0,33%, a 13.078,60
pontos; o S&P 500 tinha alta de 0,15%, a 1.407,10 pontos; e o Nasdaq Composto
ganhava 0,08%, a 3.077,55 pontos.

   Na Europa, o índice FTSE-100, da bolsa de Londres, fechou com recuo de
14,15 pontos, ou 0,25%, a 5.657,86 pontos, o índice CAC-40, da bolsa de Paris,
encerrou com avanço de 6,75 pontos, ou 0,20%, a 3.405,79 pontos, o índice
DAX-30, da bolsa de Frankfurt, finalizou com ganho de 32,11 pontos, ou 0,46%, a
6.964,69 pontos, o índice FTSE MIB, da bolsa de Milão, fechou com queda de
94,55 pontos, ou 0,62%, a 15.128,08 pontos, o índice Ibex-35, da bolsa de
Madri, encerrou com alta de 5,80 pontos, ou 0,08%, a 7.494,00 pontos e o índice
SMI-20, da bolsa de Zurique, finalizou com expansão de 62,38 pontos, ou 0,98%,
 a 6.425,20 pontos.

    Petróleo

   Os contratos futuros do petróleo tipo WTI operaravam em campo negativo. Na
Nymex, os contratos para outubro caíam 0,10%, para US$ 95,19 por barril. Na
plataforma ICE, o contrato do Brent para o mesmo mês operava em baixa de 0,88%,
 a US$ 113,15 o barril.

    Câmbio

   O dólar comercial apresenta ligeira queda de 0,09% a R$ 2,0390 na compra e
a R$ 2,0410 na venda. No mercado futuro, há pouco, o contrato da moeda
norte-americana com vencimento para outubro cedia 0,14% a R$ 2.048,000, enquanto
 o contrato para novembro recuava 0,26% a R$ 2.056,000.

    Juros

   Os contratos futuros de Depósito Interfinanceiro (DI) operavam em sentidos
opostos no pregão de hoje da BM&FBovespa. O contrato com maior liquidez, com
vencimento para janeiro de 2013 e movimentação financeira de
R$ 33,927 bilhões cedia de 7,27% para 7,26%.

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