sexta-feira, 5 de abril de 2013

Petróleo cai 5,4% na semana; índice de commodities recua 2,8%


NOVA YORK, 5 Abr (Reuters) - Os preços do petróleo Brent atingiram o menor valor em oito meses nesta sexta-feira e um índice chave de commodities registrou a maior perda semanal em cinco meses, após dados decepcionantes sobre o emprego nos Estados Unidos reforçarem temores de uma estagnação econômica.
Alguns mercados específicos tiveram grandes perdas. O milho na bolsa de Chicago, por exemplo, teve a sua maior queda semanal em 21 meses.

O gás natural e o ouro estão entre os poucos mercados que subiram, ajudando o índice Thomson Reuters-Jefferies CRB index a se recuperar de uma mínima perto de nove meses atingida mais cedo durante a sessão.
Mas, na semana, o CRB, um indicador de commodities observado globalmente, caiu 2,8 por cento, após uma fuga de investidores de alguns mercados durante as últimas quatro sessões. Isso fez o índice ter a sua pior semana desde o final de outubro.
"Eu acho que o movimento de queda que vimos em commodities vai continuar na próxima semana", afirmou o analista Edward Meir, da INTL FCStone, em Nova York.
O petróleo Brent fecha a 104,12 dólares o barril, com queda de 2,09 por cento na sessão e baixa de 5,4 por cento na semana, tendo a maior queda percentual semanal desde junho.
As commodities caíram após a divulgação de dados abaixo do esperado sobre a criação de postos de trabalho nos EUA, mostrando que os empregadores norte-americanos contrataram no ritmo mais lento em nove meses em março.
Uma pesquisa conduzida pela Reuters havia previsto anteriormente um aumento moderado do número de novos empregos para março, e os dados oficiais foram um sinal de que as medidas de austeridade de Washington desde dezembro podem estar prejudicando o impulso da economia.
John Kilduff, parceiro da Again Capital, um fundo de hedge de energia em Nova York, disse que o relatório de empregos era "um verdadeiro desapontamento".
O Barclays Capital, conhecido por sua previsão tipicamente altista em relação às commodities, também observou que a onda de vendas nos mercados de matérias-primas que começou em fevereiro continuava em abril, e que a maior parte do complexo era agora negociado em mínimas de vários meses.
"Nem tendências macro ou de fundamentos oferecem razões persuasivas o suficiente para contrariar esta tendência dos preços durante este intervalo de tempo", disse o banco em uma nota.
(Reportagem de Barani Krishnan)

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